Viajar com remédios: como levar medicamentos em viagem internacional?

viajar com remédios para o exterior (capa)

É muito comum viajar com remédios para o exterior, seja para situações de pouca gravidade, seja para doenças crônicas. Por essa razão, é de fundamental importância conhecer as regras para embarcar esses itens.

Portanto, é comum ter dúvidas quanto a esse assunto, especialmente no caso de itens controlados ou tarja preta, ou que possam causar uma certa confusão nos casos. 

Continue lendo e saiba o que fazer na sua próxima viagem, confira!

Dúvidas sobre o embarque de medicamentos para exterior

As normas para viajar com remédios para o exterior podem variar conforme o tipo de medicação, a quantidade e o país de destino. Itens básicos, que podem ser comprados sem indicação médica, geralmente, são mais simples de transportar.

Já para medicamentos de uso restrito, é necessário seguir algumas recomendações. Veja abaixo as principais dúvidas sobre o assunto!

Como funcionam as regras gerais para viajar com remédios?

Os medicamentos que não precisam de receitas podem ser transportados na mala de mão de forma simples. Contudo, procure confirmar se não há restrição desses elementos no destino para não ter complicações no desembarque e no momento da volta.

Os itens líquidos devem respeitar as regras de bagagem para voos internacionais, ou seja, precisam ter no máximo 100 ml por frasco e não podem ultrapassar 1 litro. Isso também é válido para xaropes e outros medicamentos. Além disso, eles devem estar em uma embalagem plástica.

Medicamentos para doenças crônicas

Essa é uma dúvida comum sobre como viajar com remédios para o exterior, já que pessoas que fazem uso de medicação contínua e controlada não podem ficar sem eles.

Nesse caso, leve um laudo médico que justifique o uso do remédio e a prescrição com a dosagem e o nome genérico dele. Ter os documentos traduzidos e a nota fiscal do produto também será positivo, assim você evita qualquer complicação com as normas dos outros países.

Passageiros que precisam embarcar com insulina, medicamentos injetáveis e outros líquidos podem acomodá-los na mala de mão, inclusive, em quantidade maior que 100 ml, desde que estejam com a prescrição médica indicando a quantidade necessária para a utilização durante a viagem.

No caso dos medicamentos injetáveis, a agulha deve estar em embalagem lacrada e ser apresentada com a receita durante os procedimentos de segurança do aeroporto.

Leia: Bagagem de mão em voo internacional: guia completo!  

Qual a quantidade permitida?

A recomendação para viajar com remédios para o exterior é levar somente a quantidade necessária para a duração da viagem, com uma pequena sobra caso haja algum imprevisto. Outra dica é conferir as regras do destino — normalmente a quantidade não pode ultrapassar um período de 90 dias de estadia.

É necessário apresentar receita para viajar com remédios?

Como já mencionado, ao estar viajando para o exterior com remédios na bagagem, em caso de medicamentos de uso geral, que não precisam de prescrição, a receita médica não é obrigatória. Diante disso, é comum que os viajantes preparem um kit farmácia com itens para uso no dia a dia, como analgésico, antitérmico, anti-inflamatório, remédio para enjoo e anticoncepcional.

A atitude é positiva para se precaver em caso de imprevisto ou incômodos simples, pois alguns países podem solicitar a receita médica para esses medicamentos. Entretanto, é importante utilizar os remédios apenas com indicação. Por isso, consulte um profissional de saúde antes da viagem.

No caso de medicamentos controlados e de tarja preta será necessário estar de posse da prescrição médica.

É possível comprar o remédio no país de destino e levar para outro? Nesse caso, a receita precisa ser traduzida?

Para conseguir comprar o remédio em outro país, o viajante precisará passar por uma consulta no local, tendo que arcar com os custos dela, já que normalmente essa situação não está inclusa no seguro viagem.

Em caso de medicamento controlado, a dica é levar a quantidade certa ao período da viagem. Isso porque a prescrição médica brasileira pode não ter validade no exterior, mesmo que esteja traduzida.

O mesmo vale para medicamentos de uso geral?

Alguns países têm o controle mais rígido que o Brasil para remédios de uso diário. Sendo assim, eles podem solicitar a prescrição médica mesmo para substâncias simples como analgésico e antigripais. Por isso, a dica é levar esses itens com você para se precaver em caso de incômodos.

Remédios controlados com tarja preta seguem as mesmas regras?

Outra dúvida comum sobre como viajar com remédios para o exterior é quanto aos remédios de tarja preta ou vermelha.

Eles seguem as mesmas regras dos remédios controlados e é essencial que o passageiro esteja acompanhado da prescrição médica. Outra recomendação é que o documento esteja traduzido para o inglês e que apresente a dosagem e as condições de uso.

A indicação do CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) também é positiva, visto que esse é um código reconhecido internacionalmente.

Posso levar remédios para uma terceira pessoa?

Os medicamentos controlados devem ter prescrição médica em nome do passageiro. Em caso de remédios de uso geral para uma viagem em família com crianças, por exemplo, é possível acomodar os itens na mala de mão dos pais.

No entanto, a quantidade deve ser compatível para uso pessoal ou de terceiro para não ser considerado uso comercial.

Como fazer o transporte seguro de medicamentos em viagens?

Viajar com remédios para o exterior requer atenção especial para garantir a segurança durante o transporte e evitar complicações legais. Logo, o transporte seguro de medicamentos em viagens é essencial para garantir que eles permaneçam eficazes e disponíveis quando necessário. 

Para isso, é importante seguir algumas orientações práticas, como, por exemplo:

  • Consultar um médico ou farmacêutico antes da viagem: antes de viajar, procure orientação médica para ajustar a prescrição conforme a duração da viagem e possíveis fusos horários. Solicite receitas atualizadas e, se necessário, laudos médicos traduzidos para o idioma do destino.
  • Organizar os medicamentos corretamente: armazene os medicamentos em suas embalagens originais, mantendo os rótulos intactos para evitar confusões ou problemas em alfândegas. Leve uma lista com o nome comercial e o princípio ativo, caso seja necessário adquirir o remédio em outro país.
  • Usar uma bolsa térmica para medicamentos sensíveis: medicamentos que exigem refrigeração, como insulina, devem ser transportados em bolsas térmicas com elementos refrigerantes. Certifique-se de que a temperatura seja mantida dentro da faixa recomendada, mas evite congelamento.
  • Levar uma quantidade extra de medicamentos: tenha uma reserva adicional de medicamentos para imprevistos, como atrasos ou perda de bagagem.
  • Transporte na bagagem de mão: sempre carregue os medicamentos essenciais na bagagem de mão para evitar extravios. Em voos, consulte as regras sobre líquidos e géis, mas saiba que, em geral, medicamentos são permitidos com apresentação da receita.
  • Evitar exposição a condições extremas: proteja os medicamentos da luz solar direta, umidade ou calor excessivo, que podem comprometer sua eficácia.
  • Etiqueta e segurança: use organizadores rotulados para separar os medicamentos por horários ou dias da semana, garantindo fácil acesso e evitando esquecimentos.

Diferença entre regras para voos internacionais e nacionais

Ao viajar com remédios para o exterior, é fundamental compreender as distinções entre voos nacionais e internacionais. Em voos domésticos, as regras são geralmente mais flexíveis, e é raro que se exija documentação específica. 

Medicamentos líquidos, por exemplo, podem ser transportados sem restrições de volume, desde que estejam em quantidade compatível com o uso pessoal e não sejam controlados. No entanto, medicamentos de tarja preta ou de uso controlado exigem receita médica em português, mesmo em viagens nacionais.

Por outro lado, em voos internacionais, as exigências aumentam. Muitos países impõem restrições mais severas, especialmente para medicamentos controlados ou substâncias psicoativas. 

É comum que líquidos, como xaropes, estejam sujeitos ao limite de 100 ml por frasco, exceto se acompanhados por prescrição médica. Além disso, a receita e qualquer documentação adicional, como laudos médicos, devem ser traduzidos para o inglês ou o idioma do país de destino.

Ignorar essas diferenças pode resultar em sérias complicações, como apreensão de medicamentos ou mesmo problemas legais. Assim, ao planejar uma viagem, é essencial verificar previamente as exigências do país de destino e das escalas para evitar imprevistos.

Procedimentos de segurança nos aeroportos: como funcionam?

Durante inspeções de segurança nos aeroportos, o transporte de medicamentos requer organização e apresentação adequada para evitar atrasos ou questionamentos. Para medicamentos líquidos que excedam 100 ml ou substâncias controladas, é indispensável apresentar uma prescrição médica que justifique sua necessidade durante a viagem.

Recomenda-se armazenar os medicamentos em sacos plásticos transparentes e separá-los em compartimentos de fácil acesso na bagagem de mão. Medicamentos como insulina, seringas e outros dispositivos médicos devem ser mantidos em suas embalagens originais e acompanhados de documentos médicos apropriados.

Ao passar pelo controle de segurança, informe os agentes sobre qualquer item médico que exija atenção especial. Seringas e outros materiais cortantes devem estar lacrados e embalados de forma segura. Ao seguir esses passos, o processo de inspeção será mais ágil e sem contratempos.

Quais são as consequências legais de descumprir regras internacionais?

O descumprimento das regras internacionais no transporte de medicamentos pode gerar sérias consequências legais. Muitos países possuem políticas rigorosas para a entrada de substâncias consideradas controladas ou proibidas. Mesmo medicamentos comuns no Brasil podem ser classificados como ilegais em outros territórios.

As penalidades variam desde a apreensão dos medicamentos até multas e sanções mais graves, como a negação de entrada no país. Em situações extremas, o viajante pode ser retido pelas autoridades para esclarecimentos legais, enfrentando embaraços que podem comprometer a viagem.

Para evitar problemas, consulte os consulados ou embaixadas do país de destino para verificar a legalidade dos medicamentos que planeja transportar. É importante levar consigo receitas médicas, traduzidas para o inglês ou o idioma local, bem como laudos e notas fiscais dos medicamentos.

Além disso, esteja ciente de que alguns países exigem a apresentação de autorizações prévias para certos tipos de medicamentos. Antecipar essas exigências reduz significativamente os riscos de complicações legais.

Armazenamento seguro para longas viagens: como proceder?

Viagens de longa duração, como voos intercontinentais, exigem cuidados especiais para garantir que os medicamentos se mantenham em boas condições. Fatores como temperatura, umidade e exposição à luz podem comprometer a eficácia dos medicamentos, especialmente os líquidos ou termossensíveis.

Uma das melhores práticas é armazenar os medicamentos em suas embalagens originais. Isso não apenas protege os remédios, mas também facilita sua identificação em casos de inspeção. 

Para medicamentos que precisam ser mantidos refrigerados, é importante planejar. Algumas companhias aéreas oferecem compartimentos refrigerados para transporte, mas o uso de bolsas térmicas ou recipientes especializados também é uma solução eficaz.

Evite despachar medicamentos essenciais na bagagem que será transportada no porão do avião, pois as condições de temperatura e pressão podem ser desfavoráveis. Além disso, há sempre o risco de extravio de bagagens. Manter os medicamentos na bagagem de mão garante acesso rápido e proteção adequada.

Se a viagem incluir múltiplas escalas ou longos períodos em trânsito, é aconselhável carregar uma quantidade extra de medicamento, para cobrir eventuais atrasos ou imprevistos. Certifique-se também de manter os medicamentos longe da luz solar direta e de fontes de calor extremo, como o interior de um carro estacionado.

Planejamento e organização: a chave para viagens tranquilas

Transportar medicamentos com segurança requer planejamento cuidadoso e atenção aos detalhes. Além de seguir as orientações específicas para voos nacionais e internacionais, organizar-se com antecedência pode evitar situações de estresse e garantir uma viagem tranquila.

Certifique-se de criar uma lista com os medicamentos necessários para a viagem e verifique se todos estão dentro do prazo de validade. Se necessário, consulte seu médico para obter receitas atualizadas e, em alguns casos, um laudo detalhado que justifique o uso contínuo dos remédios.

Ao embalar, opte por dividir os medicamentos em porções menores e distribuir em diferentes compartimentos da bagagem, como uma medida de precaução contra perdas ou extravios. E lembre-se: conhecimento das regras do país de destino e organização são as melhores estratégias para evitar complicações e garantir que os medicamentos estejam sempre acessíveis e seguros.

Viajar com remédios para destinos nacionais

Conforme as informações da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) não há restrições para o embarque de medicamentos na mala de mão em voos domésticos, com exceção de aerossóis para uso médico. Nesse caso, há um limite de quatro frascos por pessoa em embalagem inferior a 300 ml.

Além disso, é aconselhável ter a prescrição médica para substâncias controladas, caso seja solicitada no aeroporto ou haja a necessidade de adquirir o remédio no destino.

Como levar remédios em viagem internacional

Agora que você já sabe as principais regras sobre como viajar com remédios para o exterior, chegou o momento de ver algumas dicas práticas para levar remédios em uma viagem internacional.

  • Acomode os medicamentos na mala de mão para não ficar sem eles caso tenha uma bagagem seja extraviada ;
  • Se for necessário manter os medicamentos em refrigeração, entre em contato com uma companhia aérea antecipadamente para verificar essa possibilidade.

Organize suas medicações e tenha uma viagem mais tranquila!

Como vimos ao longo do artigo, viajar com remédios para o exterior exige cuidados específicos e atenção às regulamentações para evitar complicações legais e manter os remédios em boas condições. Compreender as diferenças entre regras nacionais e internacionais, adotar práticas seguras de armazenamento e seguir os procedimentos nos aeroportos são passos essenciais para garantir uma viagem tranquila.

A antecipação e o planejamento são os maiores aliados do viajante que depende de medicamentos. Ao seguir estas orientações, você poderá transportar seus remédios de forma segura e dentro das normas, aproveitando a viagem sem preocupações desnecessárias.

Essas são as principais dicas e dúvidas sobre como levar remédios em viagens internacionais. 

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Foto de Gabriel Zanette Koehlert
Gabriel Zanette Koehlert
Gabriel Zanette Koehlert é um empreendedor inovador e referência quando se trata de resolver desafios enfrentados por viajantes. Com uma carreira pautada pela excelência acadêmica e um histórico de soluções disruptivas no setor de atendimento ao consumidor, Gabriel transformou a forma como problemas de viagem são solucionados, especialmente no que tange à agilidade e eficácia na obtenção de indenizações.

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